2ª Edição do Julho das Pretas na Nave do Engenhão

2ª Edição do Julho das Pretas na Nave do Engenhão

A 2ª EDIÇÃO DO JULHO DAS PRETAS NA NAVE DO CONHECIMENTO DO ENGENHÃO ABORDA O TEMA DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NEGRAS NA TECNOLOGIA

No mês de julho, a Nave Engenhão realizou a 2ª edição do Julho das Pretas, que celebrou o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, abordando o tema “A tecnologia como ferramenta para a promoção da diversidade e inclusão”. Segundo dados da Brasscom – Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais, as mulheres negras e indígenas ocupam 11% dos cargos na área da tecnologia. O evento foi lindo e potente, revelando o quanto ainda precisa ser feito para combater as desigualdades de gênero e raça na área tecnológica.

A abertura foi realizada por Clátia Vieira representante do Fórum Estadual de Mulheres Negras. A roda de conversa contou com a publicitária Helena Bertho (uma das principais executivas de comunicação do país, que em 2022 recebeu o Prêmio Caboré, o mais prestigiado da indústria de comunicação do Brasil) e a design Karen Santos (diretora, executiva e co-fundadora da startup Ux para Minas Pretas), que refletiram sobre os desafios e às desigualdades ainda enfrentadas pelas Mulheres Negras na tecnologia.

Um dos momentos emocionantes do evento foi a abertura da Exposição Digital “Mulheres, de Olho no Tempo!”, com fotografias produzidas pelas participantes durante a oficina de Fotografia com Celular ministrada pela Instrutora Tamires Santos, promovida em parceria pela Nave do Engenhão e a Casa das Pretas (RJ).

“Queremos destacar a importância das mulheres negras na tecnologia. É preciso fomentar ciência, tecnologia e inovação, quebrar barreiras para a entrada de mulheres negras, periféricas e LGBTQAPN+ nestas áreas”, diz Rosana Lopes, gestora em tecnologia, Coordenadora da Nave do Engenhão e mediadora da mesa, ao lado de Cristiane de Andrade, Jornalista e Assessora de Comunicação da Nave, que realizou uma emocionante abertura artística do evento.

Clátia Vieira, representante do Fórum Estadual de Mulheres Negras do RJ, ressaltou a importância da Nave Engenhão trazer essa discussão, não apenas durante o mês de julho, mas cotidianamente. “Fiquei maravilhada com a estrutura da nave, com todo o potencial desses equipamentos, e de vocês estarem trabalhando continuamente a diversidade, pois a maioria são utilizadas pela população negra, sobretudo mulheres e jovens. Não há como falar de educação e avanços tecnológicos, sem falar do racismo e de como juntos podemos unir forças contra às desigualdades”.

“Participar do Julho das Pretas foi uma experiência verdadeiramente inspiradora e enriquecedora para mim. Fiquei encantada com a diversidade de perspectivas, conhecimentos e vivências compartilhadas por mulheres negras incríveis. Foi uma honra fazer parte desse evento que promoveu diálogos tão importantes e necessários, além de proporcionar um espaço de conexão e fortalecimento da nossa comunidade. A energia e a paixão presentes em cada momento reafirmaram a importância de celebrar e amplificar as vozes das mulheres negras em todas as esferas da sociedade”. “Mal posso esperar para participar de futuras edições e continuar contribuindo para essa jornada de empoderamento e transformação. Me sinto grata por fazer parte dessa rede de mulheres incríveis conectadas pela Nave Engenhão e determinadas a fazer a diferença” disse Karen Santos.

Selma Santos, aluna do curso de IT Essentials para mulheres, relatou maravilhada a sua experiência no evento: “Este encontro é muito importante para todas nós, para podermos estar mais unidas, nos fortalecemos contra o racismo, e as violências culturais do dia a dia. Foi uma tarde muito prazerosa, sai com as forças renovadas, que possamos ter mais encontros como esse”, concluiu Selma, que já realizou outros cursos no espaço.

Realizar esta ação é uma oportunidade para trazer este tema à tona, pois os dados sobre violência e desigualdade demonstram a realidade que atinge massivamente a população negra, principalmente mulheres, incluídas as transsexuais”, reforçou Rosana Lopes, Coordenadora da Nave do Engenhão, ao final do evento.

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